O governo do Pará montou uma força-tarefa para localizar e prender a quadrilha de roubo a banco que promoveu terror e morte na madrugada da última quarta-feira (2) no município de Cametá, nordeste do Pará.
A ação criminosa envolveu mais de 20 bandidos fortemente armados, com armas de grosso calibre como fuzis, durou mais de uma hora, e teve como alvo uma agência do Banco do Brasil. Uma pessoa que foi usada como refém foi alvejada pelos criminosos e morreu no local. Outro morador, que foi atingido na perna por arma de fogo, está internado no hospital da cidade, mas sem gravidade. Os criminosos explodiram o cofre errado e nenhum valor foi levado.
Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, a estrutura de segurança se manterá até encontrar a quadrilha.
Nós vamos permanecer aqui com o BOP Core, com o núcleo de inteligência, com tudo o que há de especialidade, tanto da Polícia Militar, quanto da Polícia Civil, até que este crime seja elucidado. Além disto, nós estamos com dois helicópteros que ficarão aqui em Cametá pela peculiaridade local dos rios que precisam deste monitoramento para esclarecer este evento ocorrido aqui. É importante registrar a quadrilha não logrou êxito, por tanto, não houve qualquer prejuízo para o banco, eles não conseguiram levar qualquer dinheiro o que se por um lado representa um ponto positivo, mas também nós temos que estar alertas porque uma quadrilha como esta, quando faz uma operação desta dimensão, custa muito dinheiro e nós ficaremos atentos, com todo o sistema de segurança para evitar que tentem uma nova ação em outros municípios, em outras unidades bancárias”, destacou.
Durante as buscas ao longo da BR-422, em Cametá, no Km 40, uma caminhonete que teria sido utilizada foi encontrada pelas equipes policiais. Dentro do veículo foram encontrados diversos explosivos. Já no quilometro 80, na cidade de Baião, eles afundaram um carro (contendo explosivos), no rio Itaperuçu. Após a verificação das equipes, no km 90, populares informaram que viram os criminosos pela última vez. Há indícios que eles tenham fugido para uma área de mata. Nas investigações, foi constatado que os membros da quadrilha possuem sotaque nordestino, o que levanta a suspeita de serem de fora do Estado.
A Polícia Civil conta com a atuação de equipes da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, Delegacia de Repressão de Repressão de Roubo a Banco e Antisequestro (DRBBA) e Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE). A Polícia Militar também está atuando com as suas equipes especializadas. Peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) foi acionada para ir à Cametá. As análises solicitadas envolvem perícia de patrimônio, veículo e local de crime.
Fonte: AgĂȘncia ParĂĄ