Balanço do Registro Mercantil da Junta Comercial do Pará aponta nos primeiros seis meses deste ano um saldo positivo de 37.635 novas empresas firmadas, mesmo com o impacto da pandemia. Um crescimento de 38,12% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse dado reforça, ainda mais, a posição do Pará no 1º lugar do relatório da Doing Business Subnacional Brasil 2021, divulgado em 15 de junho de 2021, pelo Banco Mundial, com o estado despontando no quesito abertura de empresas.
O saldo de novas empresas representa a diferença entre as constituições e as baixas de janeiro a junho de 2021. No total foram constituídas 48.339 empresas e extintas 10.704. Em 2020, houve a inclusão de 34.999 novos CNPJs no sistema da Junta Comercial e 9.057 deixaram de existir.
Para a presidente da Jucepa, Cilene Sabino, os números evidenciam o trabalho de modernização, simplificação e desburocratização do processo de abertura de empresas promovido pela Jucepa. “Os resultados positivos são alcançados graças à Junta 100% digital, que investe em tecnologias e mão de obra qualificada, o que traz grande retorno para a sociedade paraense, mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia da Covid-19'', afirma.
No balanço geral dos registros de empresas, o setor de Serviços representa 50,93% de todos os novos empreendimentos em 2021, seguido pelo Comércio (40,60%) e Indústria (8,47%). O setor de Serviços segue puxando a alta no Estado, com variação anual de 43,13%, entre junho do ano passado e deste ano. Entre os dez primeiros municípios paraenses com um saldo maior de empresas constituídas em 2021, estão: Belém (13.880), Ananindeua (5.094), Santarém (2.532), Parauapebas (2.166), Marabá (2116), Castanhal (1.603), Altamira (943), Itaituba (869), Barcarena (820) e Redenção (742).
As Microempresas Individuais (MEIs) continuam como o segmento com maior crescimento com 38.910 registros. O total das demais empresas abertas nos seis meses soma 1.179 empresas, sendo Sociedade Limitada (4.052), Empresário (2.010), Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - Eireli (3.088), Cooperativa (65), Sociedade Anônima Aberta (116), Sociedade Anônima Fechada (86), Consórcio (7) e outros (5).
Cilene Sabino enfatiza que o número de novos empreendedores é expressivo, mas ainda há muitos na informalidade. “Seja pela falta de informação ou pelo negócio em estágio inicial, há muitos empreendedores que não estão formalizados e há proteções importantes para eles”.
A empresária Vanessa Lopes, 35 anos, há 18 anos no ramo da estética corporal e facial, optou pela formalização do seu empreendimento neste junho de 2021. “Quando criamos um olhar para empreender e buscamos entender sobre trabalhar formalizado, sem sombra de dúvidas, é ganho e não perda, pois a formalidade nos disponibiliza créditos no mercado, facilidade de compra com fornecedores dentre outros pontos positivos. Acredito que temos grande potencial para nos reestabelecermos e melhorar a economia brasileira, em especial do nosso estado”, ressalta Vanessa Lopes.
Fonte: Agência Pará