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Brasil

Oficina sobre produção de mapas fortalece comunidades tradicionais para defesa do Marajó

A formação faz parte do projeto Rede Floresta, que potencializa a proteção ambiental de territórios da Amazônia brasileira.


Foto: Divulgação/Rede Floresta

Membros do Observatório do Marajó e lideranças comunitárias do arquipélago marajoara participaram de uma oficina promovida pelo Instituto Centro de Vida (ICV) sobre o uso de geotecnologias para a produção de mapas. A formação, realizada no inicio do mês de julho em Salvaterra (PA), focou no Sistema de Informação Geográfica (SIG) e visa auxiliar no monitoramento e gestão territorial de áreas ocupadas por comunidades tradicionais da Amazônia paraense.

A oficina faz parte do projeto Rede Floresta, apoiado financeiramente pela Iniciativa Internacional pelo Clima e as Florestas da Noruega (NICFI). A iniciativa incentiva organizações locais a usar tecnologias que potencializam a proteção dos territórios da Amazônia brasileira contra o desmatamento e a degradação ambiental.

No norte do Pará, o Marajó é formado por cerca de 2,5 mil ilhas distribuídas em 17 municípios. Os gargalos enfrentados na região refletem a complexidade geográfica do arquipélago.

Deco Souza, um dos participantes, destacou os desafios enfrentados na região, como invasões frequentes, fechamento de acessos e a falta de saneamento básico e saúde adequada. "Nossos maiores desafios são as invasões cada vez mais frequentes no nosso território, assim como o fechamento de acessos aos locais onde as pessoas praticam atividades de subsistência, além da falta de saneamento básico e saúde adequada para a população", apontou Deco Souza.

Ele ressaltou que a capacitação trouxe ferramentas importantes para a defesa territorial. "A capacitação apresentou ferramentas que apoiarão a defesa dos territórios por meio da delimitação geográfica de suas fronteiras", afirmou.

Bianca Barbosa, gestora de projetos do Observatório do Marajó, também participou da oficina e afirmou que as novas ferramentas permitirão identificar riquezas e áreas de intervenção nas comunidades, apoiando a luta em defesa dos territórios.

"O acesso às ferramentas é de grande importância para termos nossos territórios mapeados, identificarmos as riquezas e as áreas onde estão ocorrendo as intervenções e invasões em nossas comunidades. Também acredito que de alguma forma poderemos apoiar mais ainda as comunidades que lutam em defesa do território, de modo que possamos compartilhar do conhecimento que tivemos acesso", disse Barbosa.

O analista em geotecnologia do ICV, Lucas Araújo, que facilitou a formação, enfatizou que as oficinas fortalecem as comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhas e pescadores, permitindo que protejam seus territórios.

"As oficinas se conectam com o Rede Floresta a partir do momento em que integrantes de comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhas e pescadores se apropriam do conhecimento de manipulação dessas ferramentas para protegerem seus próprios territórios", apontou Araújo.

Foto: Divulgação/Rede Floresta

Instituto Centro de Vida (ICV)

O Instituto Centro de Vida (ICV) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) fundada em Mato Grosso em 1991. Apartidária e reconhecida como de utilidade pública pela lei estadual n° 6.752/96, a entidade atua nos níveis internacional, nacional, estadual e municipal, promovendo transparência, governança ambiental e políticas públicas.

Observatório do Marajó

O Observatório do Marajó é uma organização da sociedade civil que fortalece lideranças de comunidades tradicionais, ribeirinhas e quilombolas do Marajó. A entidade trabalha pela justiça climática, direitos socioambientais e economia da sociobiodiversidade através da análise de dados, construção de redes de colaboração e formulação de estratégias de mobilização e incidência política.

Meio Ambiente Brasil Amazônia Pará

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