Líder religioso é preso em operação contra crimes sexuais no Pará

Após a prisão do homem, outras 10 vítimas procuraram a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, relatando que também foram vítimas de crimes sexuais cometidos por ele.

Por Redação/Portal do Tapajós em 06/03/2024 às 17:12:21

Foto: Reprodução/Agência Pará

A PolĂ­cia Civil do ParĂĄ deflagrou na manhã desta quarta-feira (6), a segunda fase da Operação 7ÂȘ FrequĂȘncia em Castanhal, resultando na prisão de um lĂ­der religioso suspeito de crimes sexuais. O suspeito, que jĂĄ havia sido preso preventivamente em 2022 por violação sexual mediante fraude e estupro de uma adolescente de 13 anos, foi solto, mas agora enfrenta novas acusações.

Segundo a polĂ­cia, após a sua libertação, outras 10 vĂ­timas procuraram a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar que também foram vĂ­timas do mesmo homem. As investigações subsequentes resultaram em nove mandados de prisão preventiva cumpridos nesta quarta-feira (6). Além disso, medidas cautelares foram deferidas contra cinco mulheres que moravam com o suspeito, por conivĂȘncia ou auxĂ­lio nos crimes.

O delegado-geral, Walter Resende, explicou a natureza dos crimes: "De acordo com depoimentos das vĂ­timas, o lĂ­der submetia mulheres a banhos supostamente curativos e aproveitava a situação para tocar as partes Ă­ntimas delas. Ele também chegou a ter relações sexuais sob o pretexto de que estaria possuĂ­do por entidades curativas".

A delegada Ana Paula Chaves, titular da Deam Belém, destacou a importância da denĂșncia para combater a impunidade em casos de violĂȘncia sexual. "Este caso demonstra a importância da denĂșncia das vĂ­timas, para que os crimes possam ser devidamente investigados e os criminosos punidos, especialmente nesse caso que é cometido utilizando da fé e da confiança dessas mulheres. A operação conduzida pela PCPA evidencia o trabalho contĂ­nuo na proteção das vĂ­timas e a busca por justiça", afirmou a delegada.

A operação foi realizada pelo NĂșcleo de InteligĂȘncia Policial (NIP), a Deam Belém e o NĂșcleo de Apoio à Investigação (NAI). O preso foi encaminhado para a Deam Belém para os procedimentos legais e agora estĂĄ à disposição da Justiça.

A defesa do suspeito preso, que responde pelo crime de violação sexual mediante fraude, informou que não vai se manifestar porque o processo estĂĄ em segredo de justiça.

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