Ministério Público recomenda implementação de salas de recursos multifuncionais em escolas de Alenquer, no PA

A medida é para promover inclusão educacional de alunos com necessidades especiais na região.

Por Redação/Portal do Tapajós em 15/05/2024 às 19:27:20

Foto: Reprodução

O Ministério PĂșblico Federal (MPF) e o Ministério PĂșblico do Estado do ParĂĄ (MPPA) emitiram uma recomendação à Prefeitura e à Secretaria de Educação de Alenquer, oeste do ParĂĄ, exigindo a implementação de salas de recursos multifuncionais em escolas pĂșblicas do municĂ­pio. Essas salas são destinadas a oferecer atendimento educacional especializado a estudantes com deficiĂȘncia, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação.

Segundo o MPF, a iniciativa, parte do projeto Ministério PĂșblico pela Educação (MPEduc), visa melhorar a qualidade da educação oferecida na rede pĂșblica de ensino bĂĄsico. A recomendação é resultado de um acompanhamento do serviço de educação em Alenquer, que identificou a ausĂȘncia desses recursos em vĂĄrias escolas do municĂ­pio, apesar da alta demanda.

Segundo dados do projeto Diversa, citados na recomendação, Alenquer possui 294 estudantes matriculados na educação especial, com cerca de 80% deles frequentando escolas pĂșblicas municipais. No entanto, as taxas de reprovação, abandono escolar e distorção idade-série entre esses alunos são significativamente maiores em comparação com estudantes da educação bĂĄsica comum.

Para viabilizar a implementação das salas de recursos multifuncionais, o Ministério da Educação oferece recursos financeiros através do programa Escola AcessĂ­vel, que destina de R$ 20 mil a R$ 45 mil por escola para a aquisição de materiais especĂ­ficos. No entanto, a participação no programa requer que as escolas disponham do espaço fĂ­sico necessĂĄrio, entre outros requisitos.

A recomendação dos procuradores da RepĂșblica e do promotor de Justiça inclui uma série de medidas a serem adotadas pela prefeitura e pela secretaria de Educação, como levantamento técnico atualizado sobre as necessidades dos alunos, adesão ao Programa Escola AcessĂ­vel, coordenação e capacitação de pessoal especializado, viabilização do espaço fĂ­sico conforme normas de acessibilidade, e realização de atos administrativos para garantir a concretização das medidas propostas.

O não cumprimento infundado dessa recomendação pode resultar em medidas judiciais por parte do Ministério PĂșblico.

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