Mais três casos da doença de Haff, conhecida popularmente como doença "Urina preta", foram notificados neste sábado (11) em Santarém, oeste do Pará. O comunicado foi feito pelo Hospital Municipal de Santarém (HMS), que informou por meio de nota a notificação às autoridades sanitárias de quatro casos de pacientes suspeitos da doença. O primeiro caso foi notificado no dia 7 de setembro, o paciente morreu.
De acordo com o HMS, outros três pacientes com suspeita da doença chegaram à unidade. Desses, um recebeu alta e dois permanecem internados. Todos fizeram o exame para identificar o agente patológico e até o momento aguardam o resultado.
Proibição da venda de pescado do Amazonas
A Prefeitura de Santarém publicou na noite desta sexta-feira (10) o decreto que proíbe a comercialização de peixes das espécies tambaqui, pirapitinga e pacu vindos do estado do Amazonas. A determinação começou a valer neste sábado (11) no município.
O estado do Amazonas registrou pelo menos 61 casos da doença em dez municípios. Uma mulher de 51 anos morreu no município de Itacoatiara, na Região Metropolitana de Manaus.
O decreto ressalta que há poucos estudos sobre a Síndrome que causa rabdomiólise, e que os casos suspeitos da doença continuam sendo investigados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sespa). O documento destaca ainda que a comercialização do pescado está proibida temporariamente no município.
Em Santarém, o Hospital Municipal (HMS) é a unidade referência para atendimento dos casos que deverão ser comunicados ao Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para o acompanhamento epidemiológico.
Doença de Haff
A doença de Haff é uma síndrome que consiste em rabdomiólise (condição clínica definida por lesão muscular com liberação de conteúdo intracelular) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, dispneia, dormência, perda de força em todo o corpo e urina “cor de café”, associada à elevação sérica de creatinofosfoquinase (CPK), correlacionado a ingestão de crustáceos e principalmente de pescados.
Fonte: Com informações: O Liberal / G1 / Portal da Saúde BA