Foi finalizada nesta terça-feira (6) a quinta fase da ‘Operação Euterpe’ com prisões, apreensões e abordagens na região do Baixo Tocantins. Ações criminosas, como o comércio ilegal de palmito, foram um dos pontos observados na operação. A ação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), com a participação dos demais órgãos estaduais de Segurança, Saúde e Meio Ambiente.
As ações iniciadas na última quinta-feira (1) resultaram em sete prisões em flagrante, um cumprimento de mandado de judicial, expedição de 39 infrações de trânsito, recuperação de uma motocicleta, multa contra um estabelecimento e interdição de outro.
Apreensão
Também foram apreendidos 9 mil litros de gasolina e 3 mil litros de óleo vegetal transportados ilegalmente, que seriam usados para abastecer postos irregulares. Foi aplicada ainda uma multa, no valor de R$ 200 mil, contra o responsável pelo transporte da carga. Também foram apreendidas quatro armas de fogo, seis munições e 271 gramas de entorpecente, e feitas mais de 220 abordagens, incluindo pessoas e veículos.
A operação, com ações ostensivas e rondas em locais de interesse, combateu o crime organizado na região. Uma das sete prisões foi efetuada no sábado (03) contra um homem apontado como líder de uma facção criminosa em Igarapé-Miri.
Contra o investigado havia um mandando de prisão em aberto pelos crimes de tráfico de drogas e homicídio. Ele ainda foi autuado em flagrante pelo crime de corrupção ativa, uma vez que, durante sua condução até a sede de Abaetetuba, tentou subornar os agentes de segurança.
Interdição:
Também no último sábado, uma guarnição integrada por agentes de segurança e da Vigilância Sanitária Estadual interditou uma fábrica clandestina de palmito em conserva, na Ilha Uruá, em Igarapé-Miri. Aproximadamente 3 mil unidades, entre latas e frascos, com palmito foram inutilizadas devido à insalubridade do local onde era feito o preparado das conservas.
Com um alto índice de roubo a embarcações, a Região do Baixo Tocantins esteve por muito tempo em segundo lugar neste indicador de criminalidade, perdendo apenas para a região de Breves. Mas depois da instalação da Base Fluvial Integrada “Antônio Lemos”, que intensificou o combate aos criminosos em Breves, o Tocantins passou a liderar os ataques às embarcações, informou o diretor do Grupamento Fluvial, vinculado à Segup, delegado Arthur Braga.
“A importância de realizar ações rotineiras como essa é coibir esse índice de criminalidade nos rios. Essa é uma região que tem grandes produções de açaí, e tem a peculiaridade de transporte de dinheiro em espécie pelos ribeirinhos. Portanto, muitas ações de criminalidade têm grande relação com essa situação. Entretanto, a integração dos órgãos com ações planejadas aumenta o poder de fiscalização numa região carente, e que precisa dessa organização concatenada e de toda a estrutura com agentes treinados, uso de embarcações ágeis e cão farejador, que somam ao combate aos diversos ilícitos que acontecem”, ressaltou o delegado.
Efetivo
A Operação Euterpe V teve como objetivo maior coibir crimes no Baixo Tocantins, na Rodovia PA-151 e em rios e furos que banham os municípios da região. Houve emprego de mais de 50 profissionais, que atuaram nas frentes terrestres e fluviais, e de cinco embarcações, incluindo a lancha blindada Aruanã 29.
Foram realizadas ações de fiscalização de trânsito, repressão qualificada, patrulhamento, fiscalização e combate à produção irregular de palmito, combate ao desmatamento e comércio de madeira ilegal, além de outros crimes ambientais.
Fonte: AgĂȘncia ParĂĄ