Encerra no dia 30 de junho o prazo da primeira etapa da vacinação contra a brucelose, uma zoonose que causa grandes prejuízos à pecuária. A vacinação obrigatória ocorre semestralmente e é realizada uma única vez na vida das fêmeas bovinas e bubalinas com idades entre 03 e 08 meses.
Para garantir o sucesso da vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) está alertando os produtores rurais sobre a necessidade de imunizar os animais contra essa doença altamente contagiosa. A vacinação faz parte do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PECEBT), que tem como objetivo induzir a imunidade e diminuir a prevalência da brucelose bovina e bubalina no Pará.
Segundo a gerente do programa, Samyra Albuquerque, "quanto maior o número de fêmeas vacinadas, maior será a imunidade do rebanho, reduzindo a prevalência da doença e diminuindo a possibilidade de disseminação dessa zoonose". Ela também alerta para as consequências que os produtores enfrentam ao não vacinar os animais, como a inadimplência e o bloqueio da propriedade para o trânsito de animais, impossibilitando a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA).
Além disso, a fiscal agropecuária ressalta os riscos de consumir alimentos derivados do leite que não tenham passado pela inspeção do Serviço Veterinário Oficial. "Os laticínios só podem receber leite de propriedades que possuam animais vacinados para a brucelose, então é necessário que os fornecedores dos laticínios sejam produtores com a vacinação em dia para a doença", alerta.
A vacina deve ser adquirida em estabelecimentos comerciais de produtos veterinários registrados no Serviço Oficial de Defesa Sanitária Animal. É obrigatória a apresentação de receita emitida por médico veterinário cadastrado ou por médico veterinário oficial no momento da compra, quando estes assumem a responsabilidade direta pela vacinação.
A vacinação só pode ser realizada por médicos veterinários cadastrados no serviço oficial de defesa sanitária animal do Estado. Em locais onde há escassez de veterinários privados ou quando eles não atendem plenamente às necessidades do programa, o serviço oficial de defesa sanitária animal pode executar ou supervisionar as atividades de vacinação.
A brucelose e a tuberculose são zoonoses que causam grandes prejuízos à pecuária. Como não têm cura e são altamente contagiosas, a vacinação é a melhor forma de proteger o rebanho. A imunização é obrigatória e deve ser realizada por médicos veterinários cadastrados no serviço veterinário oficial, com comprovação na Adepará.
Todas as fêmeas bovinas e bubalinas com idades entre 3 e 8 meses devem ser vacinadas apenas uma vez na vida. Além da vacinação, a Adepará realiza a certificação de propriedades livres ou monitoradas que ofereçam produtos de baixo risco sanitário aos consumidores. A segunda etapa da vacinação terá início em 1º de julho e terminará em 31 de dezembro de 2023.