Barco-Hospital Abaré leva atendimento médico e odontológico aos municípios de Aveiro e Belterra, no PA

Expedição marca a retomada, após pandemia da Covid-19, da parceria entre Ufopa e Faculdade São Leopoldo Mandic.

Por Pablo Vastei em 11/07/2023 às 08:13:39

Foto: Reprodução/PSA

Após quatro anos, aUniversidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) retomou a parceria com a Faculdade São Leopoldo Mandic, idealizadora do projeto social "Barco da Saúde". Com partida marcada para esta terça-feira (11), a expedição a bordo do barco-hospital Abaré segue até o dia 21 de julho. Serão atendidas 30 comunidades nos municípios de Aveiro e Belterra, na região Oeste do Pará. Com partida de Santarém, a embarcação tem como objetivo prestar assistência médica e dentária a populações com dificuldades de acesso a cuidados de saúde.

A iniciativa será realizada por uma equipe de 43 pessoas, entre estudantes, médicos, dentistas e profissionais acadêmicos de ambas as áreas, além de pessoal de apoio. Serão oferecidos serviços de ginecologia e obstetrícia, clínica geral, oftalmologia, pediatria, dermatologia e odontologia. A meta é realizar entre 1.000 e 1.500 atendimentos a crianças, adolescentes, adultos e idosos moradores dos rios da região ao longo de 10 dias de expedição.

As expedições Abaré ocorrem periodicamente, levando atendimento básico, exames laboratoriais e medicamentos à população ribeirinha do Tapajós e Arapiuns. Segundo a reitora da Ufopa, Aldenize Xavier, "cada parceiro é fundamental nesse processo. A Prefeitura de Santarém, o Ministério da Saúde e escolas médicas de todo o país, como a São Leopoldo Mandic, contribuem com novos serviços de saúde".

O reitor destacou o envolvimento dos médicos residentes do Instituto de Saúde Coletiva (Isco) da Ufopa e dos alunos do instituto, que cuidam com conhecimento e conhecimentos valiosos sobre a realidade médica dos territórios tradicionais da Amazônia. "A Ufopa está preparada para implantar um curso de Medicina e, junto com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Saúde, estamos capacitando mais a população local. Essas expedições atendem a demandas urgentes, pois são intervenções oportunas", afirmou. declarou.

A Dra. Elizabeth Regina de Melo Cabral, professora e coordenadora de projetos sociais da São Leopoldo Mandic, destacou o compromisso da faculdade com a responsabilidade social. “Devido à pandemia da Covid-19, não pudemos realizar a expedição nos últimos anos, e fomos informados que a população está aguardando ansiosamente nosso projeto. Isso porque nosso atendimento é diferenciado, focado em proporcionar um atendimento acolhedor e humanizado abordagem, que faz a diferença para esses municípios mais vulneráveis. O Barco da Saúde é capaz de transformar a vida das pessoas que se beneficiam com essa iniciativa."

Além disso, esse poder transformador não se restringe aos indivíduos atendidos por meio do projeto. Para os alunos que participam da expedição, representa uma experiência que pode fazer a diferença em suas carreiras. "Através dos dados que recolhemos, percebemos que o envolvimento nestes projetos de responsabilidade social tem um impacto transformador na vida dos estudantes de medicina, tanto a nível pessoal como profissional. Esta experiência muda o estudante e permite-lhe regressar com uma visão mais ampla perspectiva da saúde", afirmou a diretora do curso de Medicina da São Leopoldo Mandic, Fabiana Succi.

O Projeto Barco da Saúde foi criado em 2017 em Campinas e já está em sua quarta edição. O projeto é desenvolvido pela Faculdade São Leopoldo Mandic em colaboração com a Universidade Federal do Oeste do Pará e equipes das secretarias de saúde locais. A expedição é viabilizada pelo apoio do patrocinador, além de doações e recursos obtidos pelos próprios alunos, com o apoio da ONG Renovatio.

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