Operação prende suspeitos de violência em Terra Indígena no PA

Alvos teriam destruído ao menos 15 pontes e um carro da Adepará.

Por Pablo Vastei em 30/09/2023 às 11:40:37

Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nessa sexta-feira (29), a operação Contragolpe na Terra Indígena Ituna Itata, abrangendo os municípios de Altamira e Senador José Porfírio. O objetivo da operação era executar mandados de prisão e busca e apreensão direcionados a suspeitos de atentar contra a ordem pública, destruindo ao menos 15 pontes e incendiando um veículo do Governo Estadual neste mês. Estes atos de violência foram uma resposta ao combate ao desmatamento promovido pelas autoridades na área.

A ação policial mobilizou mais de 60 agentes da Polícia Federal, com o suporte da Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Adepará e Força Nacional. Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos, juntamente com prisões preventivas de indivíduos envolvidos nos ataques. Em uma investida ocorrida na madrugada do dia 9 para o dia 10 de setembro, uma viatura da Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará) foi destruída. Durante todo o mês, diversas pontes foram alvo de vandalismo na região. Os criminosos utilizaram pregos na estrada, visando furar pneus de viaturas e dificultar o acesso das forças policiais.

Na operação, foram confiscados celulares e documentos que servirão de base para a investigação e auxiliarão na conclusão do inquérito policial. Os detidos foram encaminhados ao presídio, ficando à disposição da justiça. O principal objetivo é conter o desmatamento ilegal na região amazônica, especificamente na Terra Indígena Ituna-Itata, onde a vegetação tem sido destruída para dar espaço a pastagens de gado de maneira ilícita.

Estima-se que na TI Ituna-Itata exista um grupo indígena em isolamento voluntário conhecido como "Igarapé Ipiacava". Em 2011, restringiu-se o acesso de pessoas não vinculadas à Funai na área, por meio da publicação de portarias. Atualmente, a Portaria Funai 529/2022 está em vigor, prorrogando o período de restrição por mais três anos.

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