Operação Cerberus da Polícia Federal resulta na prisão de duas pessoas em Belém, no PA

De acordo com a PF, um dos indivíduos detidos é considerado uma liderança de uma facção que atua na cidade de Macapá.

Por Pablo Vastei em 03/10/2023 às 13:20:59

Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagou na manhã desta terça-feira (3), a Operação Cerberus em Belém, resultando na prisão de dois homens. Segundo informações da PF, a ação estava relacionada a um mandado de busca e prisão, mas durante a operação, um dos investigados foi capturado em flagrante por porte ilegal de arma, munição e droga. Surpreendentemente, o indivíduo estava acompanhado por um cabo da Polícia Militar, que também foi detido. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelas autoridades.

De acordo com a Polícia Federal, um dos indivíduos detidos é considerado uma liderança de uma facção que atua na cidade de Macapá. Suspeita-se que ele estivesse estreitando laços com outras organizações criminosas, com o objetivo de aumentar o poder bélico da facção, visando fortalecer o grupo em disputas de território no estado do Amapá. A PF enfatiza que esses indivíduos podem estar diretamente relacionados à guerra entre as facções criminosas que operam no estado, o que tem contribuído para o aumento da violência na região.

Além das prisões, a Operação Cerberus também envolveu a execução de doze mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão, e três de prisão preventiva em Macapá, simultaneamente à ação em Belém. Vale ressaltar que a Operação Cerberus é um desdobramento da Operação Desunião, deflagrada em 25 de agosto de 2022, que identificou um grupo ativo em aplicativos de mensagens, com o propósito de organizar o tráfico de drogas envolvendo membros de facções criminosas na capital do Amapá.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, os indivíduos desse grupo coordenavam o pagamento de valores a partir de R$50 para auxiliar nas despesas da facção criminosa. Além disso, eles criaram uma espécie de "ouvidoria", onde os membros podiam dar sugestões administrativas aos líderes, abrangendo desde medidas para incrementar o tráfico de drogas até a aplicação de penas e castigos no que chamavam de "tribunal do crime".

A facção criminosa em questão estava operando com intensidade nas regiões centrais de Macapá, entre os bairros Perpétuo Socorro e Pacoval, impondo "toques de recolher" à população local. Além disso, eles são suspeitos de estarem envolvidos em uma série de crimes violentos contra rivais no tráfico, incluindo execuções e mutilações. Os indivíduos detidos enfrentarão acusações de organização criminosa, tráfico de drogas e tráfico de armas. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

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