Operação integrada intercepta carga ilegal de polpa de açaí na Região Fluvial de Belém

As 128 toneladas de polpa de açaí tinham como destino a cidade de Benevides, na Região Metropolitana.

Por Pablo Vastei em 22/11/2023 às 16:49:33

Foto: Reprodução/Agência Pará

Uma equipe conjunta composta pela Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria do Estado de Fazenda (Sefa) realizou nessa terça-feira (21), uma operação de fiscalização na Base Integrada Fluvial 'Antônio Lemos', resultando na apreensão de uma carga ilegal de 128 toneladas de polpa de açaí. O destino declarado para essa carga era a cidade de Benevides, na Região Metropolitana de Belém. As autoridades conduziram a carga, que chegou na manhã desta quarta-feira (22) a um porto de Belém, para os procedimentos legais.

A ação integrada ocorreu durante abordagem no rio Jaburu, zona rural de Breves, no Marajó, onde um ferryboat denominado 'Amazon I', vindo de Anajás, transportava quatro caminhões frigoríficos carregados. O responsável pelo transporte afirmou não possuir a documentação exigida para a carga, o que levou os agentes a conduzirem a embarcação para Breves para as medidas cabíveis.

Segundo o diretor do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu), delegado Arthur Braga, as cargas apreendidas apresentavam embalagens adulteradas com endereços de uma fábrica em Benevides, inclusive com inscrição no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indicando sua origem clandestina.

Foto: Reprodução/Agência Pará

"Além disso, a carga não possuía nota de origem de Anajás para Benevides, tampouco a guia de trânsito da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). O produto estava em uma embarcação que buscava desviar das fiscalizações da base e foi interceptado pelas nossas equipes atentas", ressaltou o diretor.

A carga foi levada à capital paraense na tarde desta quarta-feira (22) para ser apresentada à Adepará. O fiscal agropecuário da agência, Gustavo Amaral, constatou que o produto não estava em condições mínimas de higiene e que a documentação estava adulterada.

"O produto estava sendo produzido em Anajás, sem inspeção sanitária, o que caracteriza uma fraude. A função do Estado é proteger a população de um produto sem origem e sem análise laboratorial adequada para consumo humano. Vamos analisar e encaminhar para inspeção, decidindo se a carga poderá ser doada ou descartada", afirmou.

O procedimento será conduzido pela Delegacia de Polícia Fluvial (DPFLU), que autuou os responsáveis para prestarem esclarecimentos.

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