Tartarugas-da-Amazônia: Esforços de conservação soltam milhares no maior Refúgio de Vida Silvestre no PA

Cerca de 4 mil filhotes de tartaruga-da-amazônia foram reintroduzidos na natureza, marcando o início das atividades de preservação de quelônios. A soltura ocorreu no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal, considerado o maior local de desova da espécie no mundo, situado em Senador José Porfírio, sudoeste paraense.

Essa ação, liderada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), representa um passo crucial na proteção dessas tartarugas, cuja sobrevivência tem sido ameaçada pela caça predatória e pela destruição de habitats naturais.

Para o diretor de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação, Clésio Santana, esta soltura é apenas uma das muitas iniciativas planejadas ao longo do ano para recuperar a população desses animais. "O Ideflor-Bio, juntamente com parceiros, trabalha incansavelmente para garantir um futuro sustentável para essas espécies ameaçadas", afirmou.

A participação de turistas de várias regiões do país e dos moradores locais durante o evento demonstrou entusiasmo em contribuir para a proteção desses quelônios e para a conscientização sobre a importância da conservação ambiental. A expectativa é que, até o final do ano, aproximadamente 600 mil tartarugas sejam soltas, um esforço significativo para preservar a biodiversidade na região amazônica.

O governo do Pará, por meio do Ideflor-Bio, tem concentrado esforços em ampliar a população dessa espécie vital para o ecossistema local. O engenheiro de pesca Átilla Mello ressalta que essa iniciativa reforça o compromisso do governo com a preservação da biodiversidade, tornando-se um exemplo para o país. "A esperança é que, por meio de ações como essa, as futuras gerações possam desfrutar de um ambiente saudável e equilibrado, onde a fauna e a flora sejam protegidas e respeitadas", pontuou.

Além das tartarugas-da-amazônia, o Revis Tabuleiro do Embaubal, criado em 2016, abrange mais de 4 mil hectares e é lar de outras espécies de quelônios, como os Pitiús e Tracajás. A área também é rica em aves migratórias, como a Águia Pescadora, o Biguá e o Maçarico, reforçando a importância desse refúgio para a conservação da diversidade biológica na Amazônia.