Estado mobiliza iniciativa privada para implementar agricultura regenerativa em 173 mil hectares de terra no PA

Em um marco histórico, o Governo do Pará, durante a Conferência do Clima em Dubai, comprometeu-se a implementar 173 mil hectares de restauração produtiva. Esta meta, alinhada aos objetivos da Agenda de Sistemas Alimentares e Agricultura da COP 28, delineia um plano de ação até a COP 30, agendada para 2025 na capital paraense, Belém.

Na sexta-feira (8), um pacto foi firmado, unindo forças entre o Governo Estadual e gigantes como Natura, Fundo Vale, Fundo JBS pela Amazônia, Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA) e Belterra. Essa colaboração visa apoiar o Pará na consecução de suas metas, com destaque para a implementação da Plataforma Territórios Sustentáveis (TS), um mecanismo chave de governança público-privada para alcançar a meta estabelecida pelo Estado.

Esta parceria histórica impactará 4 mil famílias e suas cadeias de valor até 2025, proporcionando um novo rumo para a sustentabilidade na região. Autoridades e líderes influentes, incluindo representantes da COP, empresas participantes e organizações ambientais, estiveram presentes para marcar este compromisso significativo.

O programa, liderado pelo Governo do Pará através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), receberá o apoio crucial de parceiros privados. Eles desempenharão um papel vital no avanço de metas ambiciosas nos próximos dois anos.

O governador Helder Barbalho enfatizou: "Esta é mais uma iniciativa em prol da Amazônia. Aliar o uso da terra a práticas sustentáveis é nosso grande desafio. Estamos comprometidos com a meta de 173 mil hectares, beneficiando milhares de famílias."

Este movimento inclui a implementação do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) a produtores rurais do Pará, impulsionando a agricultura regenerativa, uma abordagem essencial para o futuro sustentável da região.

A adesão do Fundo Vale à plataforma é um marco crucial, comprometendo-se a um ciclo inicial de apoio financeiro e à restauração de até 10 mil hectares até 2030. Este investimento totalizará centenas de milhões de reais e requer uma estrutura de colaboração público-privada abrangente.

A Plataforma TS, um espaço de conexão entre setores público, privado e sociedade civil, oferece oportunidades de restauração e transição para uma economia de baixo carbono. Ela será crucial para o alcance dessas metas, integrando arranjos financeiros inovadores, assistência técnica e garantindo prioridades na regularização ambiental e fundiária das propriedades cadastradas.

Essa nova meta, parte dos esforços mais amplos do Governo do Pará, visa alcançar objetivos de conservação, restauração e produção sustentável delineados no Plano Estadual Amazônia Agora. Mauro O’de Almeida, da Semas, destacou a conexão entre as estratégias estaduais, incluindo o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais e o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa.