Polícia Federal apreende madeira que pode ter sido extraída de terra indígena no PA

Em uma ação conjunta denominada "Operação Custódia", realizada nesta quarta-feira (18), a Polícia Federal, em colaboração com o Ibama, Icmbio e Funai, fez uma apreensão de grande escala, totalizando mais de 1000 metros cúbicos de madeira ilegal no município de Rurópolis, localizado no oeste paraense. A operação tem como objetivo combater o desmatamento ilegal na vasta região da Floresta Amazônica.

As autoridades suspeitam que a madeira apreendida tenha sido retirada da Terra Indígena Cachoeira Seca, aumentando as preocupações sobre a possível ocorrência de outros crimes na área, para além do desmatamento ilegal. A Polícia Federal está conduzindo investigações minuciosas para identificar e punir os responsáveis por esses atos ilícitos.

Duas empresas foram autuadas por apresentar informações falsas em sistemas de controle ambiental, por depósito de resíduos a céu aberto e por não conseguir comprovar a origem da madeira. O valor total das multas aplicadas ultrapassa a marca dos R$ 12 milhões, e as madeireiras envolvidas tiveram suas operações embargadas até que regularizem suas atividades.

Parte da madeira apreendida será destinada à Secretaria Municipal de Educação de Altamira, situada a aproximadamente 350 quilômetros de Rurópolis, com o propósito de ser utilizada na construção de escolas rurais e nas reservas extrativistas da Terra do Meio. O restante poderá ser reaproveitado por órgãos da administração pública.

A "Operação Custódia" já está em andamento no interior paraense há duas semanas, focando nas Terras Indígenas Cachoeira Seca e Arara. Seu escopo abrange o combate à extração e receptação de madeira ilegal, bem como a investigação de poluição e fraudes no sistema de controle da matéria-prima florestal, além de abordar questões relacionadas à pesca ilegal na região.