Presença de mulheres fortalece mineração e ajuda a derrubar estereótipos no setor no Oeste do Pará

Iniciativas impulsionam o protagonismo feminino no município de Oriximiná.

Por Redação/Portal do Tapajós em 07/03/2024 às 15:26:24

Foto: Divulgação/MRN

Adria Katrine, de 23 anos, residente na Comunidade Quilombola Boa Vista, em Oriximiná, região Oeste do Pará, está deixando sua marca na indústria da mineração. Como a mais velha de três irmãos, ela é uma jovem aprendiz na área de eletromecânica na renomada Mineração Rio do Norte (MRN), localizada no distrito de Porto Trombetas. Determinada e cheia de vida, Adria não só busca construir uma carreira de sucesso, mas também inspirar outras mulheres a seguirem seus passos. Ela é um exemplo vivo de como as mulheres estão desafiando as convenções em um setor historicamente dominado por homens.

"Adria é uma jovem com sonhos imensuráveis. Eu sempre digo que sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno, então ouse sonhar grande", afirma ela, destacando o papel fundamental de sua mãe em seu apoio e encorajamento. Adria também ressalta o compromisso da MRN em promover a diversidade e a inclusão de mulheres em sua equipe, por meio do programa "MRN pra Todos".

Este programa, iniciado em 2019, tem como objetivo fortalecer a igualdade de oportunidades, incentivando a captação e desenvolvimento de talentos femininos em todas as áreas da empresa. Magda Damasceno, gerente de Desenvolvimento de Pessoas da MRN, enfatiza que a diversidade de gênero é essencial para impulsionar o desenvolvimento de uma mineração sustentável e competitiva.

Dados de 2023 da Women in Mining Brasil (WIM Brasil) mostram um aumento significativo na representação feminina na mineração do país, refletindo os esforços contínuos das empresas do setor em promover a igualdade de gênero. Outra figura inspiradora é Catryne Tupinambá, indígena de 24 anos, que trabalha no Hospital de Porto Trombetas, atendendo com carinho e atenção diversas comunidades locais, incluindo quilombolas e ribeirinhos.

Foto: Divulgação/MRN

Catryne, além de seu trabalho no hospital, também é ativa no movimento indígena e na luta contra a violência doméstica, demonstrando um compromisso profundo com sua comunidade. Sua história inspiradora reflete a diversidade de talentos e experiências que estão enriquecendo o setor da mineração na região.

Além das mulheres que se destacam em funções tradicionais, como Adria e Catryne, há aquelas que encontram oportunidades no empreendedorismo. Glenda Araújo, 40 anos, é um exemplo disso. Chegando em Porto Trombetas em 2019, Glenda encontrou no empreendedorismo uma forma de se estabelecer na região após trabalhar como pedagoga. Atualmente, ela se destaca no mercado de semijóias e folheados, demonstrando resiliência e determinação em um ambiente desafiador.

A história dessas mulheres não apenas ilustra o avanço da igualdade de gênero no setor da mineração, mas também destaca o papel crucial que elas desempenham no desenvolvimento sustentável da região amazônica. Suas realizações inspiram não apenas as gerações futuras, mas também evidenciam a importância de promover a diversidade e a inclusão em todas as esferas da sociedade.

Comunicar erro
PLAY
PLAY 2

Comentários

DOE SANGUE