Sobe para 5 o número de casos suspeitos de varíola dos macacos em Santarém, no PA

De acordo com a Semsa, atualmente 5 casos suspeitos estão sendo monitorados, sendo 3 mulheres e 2 homens.

Por Pablo Vastei em 06/08/2022 às 08:54:47

Foto: Reprodução/Agência Brasil

A Secretaria de Saúde de Santarém, oeste do Pará, divulgou nota neste sábado informando que o município está monitorando atualmente 5 casos suspeitos de varíola do macaco, sendo 3 mulheres e 2 homens, com a faixa etária de 18 a 36 anos. Segundo a Semsa as amostras dos exames já foram enviadas para o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), em Belém, onde seguem em análise para o resultado. 

Dos 5 pacientes, 3 procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h, um buscou ajuda na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima da sua residência e o último caso foi identificado no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), um paciente que faz tratamento no local, mas natural de outra cidade. Todos estão em isolamento domiciliar e apresentam quadro estável.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), através do Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS), informou que para fortalecer as medidas de prevenção à monkeypox, chamada de varíola do macaco, dessa forma protegendo ainda mais a população, cuja colaboração e consciência serão de vital importância, a vigilância epidemiológica da Semsa elaborou um Plano de Contenção para atender e monitorar os pacientes suspeitos e para repassar informações à população comportamento e medidas de prevenção.

Segundo o Plano, o primeiro atendimento deve ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs): avaliação, aconselhamento e a assistência médica. Se o paciente for classificado como caso suspeito, a vigilância epidemiológica irá investigar e enviar para análise do Lacen as amostras dos exames.

A equipe de saúde da UBS perto da casa do paciente vai ficar responsável por monitorar e acompanhar a evolução do quadro clínico, além de assegurar que ele cumpra o isolamento domiciliar.

A taxa de letalidade da doença é de apenas 1%. Por isso, a internação hospitalar só ocorre com pacientes pertencentes a algum grupo de risco, com comorbidades, que apresente agravo dos sintomas, e moradores de rua para que possam cumprir o isolamento.

Varíola do macaco 

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana, no entanto, esse segundo gênero já foi erradicado do mundo em 1980, e era muito mais letal.  

O vírus recebeu essa nomenclatura por ter sido encontrado pela primeira vez nos anos de 1950 em macacos de laboratório, mas esses animais não são apontados como o causa da doença.

É importante frisar que os macacos são tão vítimas quanto os humanos. Os principais hospedeiros desse vírus na natureza são roedores. 

É uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida de animais (roedores e primatas) para humanos. Mas também pode se propagar entre as pessoas.

Como intensificar possíveis casos da doença

O indivíduo, de qualquer idade, que apresentar erupção cutânea aguda, “bolhas”, em qualquer parte do corpo (incluindo a região genital), associada ou não a febre.

Apresentar um ou mais dos seguintes vínculos epidemiológicos: 

·         Ter tido contato com casos confirmados ou suspeito de Monkeypox; 

·         Histórico de viagem ou contato com pessoas que tenham viajado para fora do município de Santarém. 

·         Relação íntima com desconhecido/a(s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

Sintomas

Os sintomas mais frequentes são: febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas, duram entre duas e quatro semanas.

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Ou por contato com objetos recentemente contaminados por fluidos do paciente, ou material da lesão (como roupas e lençóis). Há suspeita de que a relação sexual possa ser uma via de transmissão.

Tratamento

Não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da Monkeypox. A recomendação atual é que o tratamento da doença seja baseado em medidas de suporte visando aliviar sintomas e prevenir as sequelas. É importante cuidar da erupção deixando-a secar ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Deve-se orientar o paciente a evitar tocar nas feridas, na boca e nos olhos.

Prevenção:

Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes para evitar a exposição ao vírus, além de evitar contato com pessoas infectadas e usar objetos de
pessoas contaminadas e com lesões na pele. Usar máscaras, protegendo contra gotículas e saliva entre os casos confirmados e contactantes.

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