A equipe do Laboratório de Química Forense, vinculada à Coordenação de Laboratórios (Colab) da Polícia Científica do Pará (Pcepa), em uma operação integrada com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Grupamento Fluvial de Segurança Pública, Polícias Militar e Civil, e Corpo de Bombeiros Militar, conduziu a perícia de uma grande apreensão de entorpecentes no último sábado, dia 2, em uma embarcação que navegava pelo Rio Aturiá, em Breves, na região do Marajó.
O laudo pericial resultante desta operação desempenhará um papel crucial nas investigações em curso, bem como na incineração do entorpecente em questão.
De acordo com o exame preliminar, aproximadamente 850 kg de skank, uma forma mais potente de maconha, foram apreendidos, divididos em 787 tabletes. Detalhes intrigantes chamaram a atenção dos peritos, como as inscrições em espanhol "El Corcel" e "Discobar", além das fitas coloridas (amarelo, vermelho e azul) que adornavam os pacotes, sugerindo uma possível origem estrangeira, possivelmente da Colômbia, conforme mencionado pelas autoridades no momento da apreensão.
A perícia realizou um teste colorimétrico provisório para verificar a autenticidade da substância e manter o flagrante criminal. A droga foi minuciosamente descrita e pesada, enquanto uma contraprova foi enviada ao laboratório forense da PCEPA, onde passará por testes confirmatórios mais detalhados.
O delegado titular da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Fausto Bulcão, explicou a importância do trabalho da perícia: "O laudo pericial vai identificar se o entorpecente é de fato um entorpecente, qual o princípio ativo, o grau de pureza, além da descrição das características daquele entorpecente. Essas características descritas no laudo vão subsidiar nossas investigações, identificando as regiões das quais essas drogas partem e também os fornecedores."
Além de contribuir para a investigação, o laudo pericial será fundamental na autuação dos dois suspeitos detidos pelas forças de segurança na última segunda-feira, dia 4, que estariam associados à embarcação que transportava a substância ilícita. Ademais, o documento subsidiará a destinação apropriada de todo o produto apreendido, que será incinerado sob a supervisão da Polícia Civil.