Ministério Público do Pará e ONU unem forças contra crimes em garimpos na Bacia do Tapajós

O projeto promove assistência aos países na aplicação do Protocolo da ONU sobre tráfico de pessoas e trabalho forçado na mineração de ouro no estado do Pará.

Por Redação em 26/01/2024 às 14:40:30

Foto: Divulgação/MPPA

O Ministério PĂșblico do Estado do ParĂĄ (MPPA), participou de uma reunião estratégica do "Projetos Tapajós". O evento, implementado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONU/UNODC), contou também com a presença de representantes do Ministério PĂșblico do Trabalho (MPT) e agentes do Departamento dos Estados Unidos.

O encontro teve como foco principal o tema "Garimpo do ouro na bacia do Tapajós: caminhos para uma cadeia de valor sustentĂĄvel, prevenção ao crime e melhoria nas condições de vida dos trabalhadores". O projeto busca oferecer suporte aos paĂ­ses na aplicação do Protocolo da ONU sobre trĂĄfico de pessoas e trabalho forçado na mineração de ouro no estado do ParĂĄ.

A reunião é uma continuação do SeminĂĄrio ocorrido em BrasĂ­lia, no final de setembro do ano passado, onde foram apresentados os resultados dos estudos de prevalĂȘncia dos primeiros dois anos do Projeto Tapajos. Financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e realizado pela UNODC em parceria, o projeto visa combater diversas formas de atividades criminosas no setor de garimpagem, como trabalho escravo, exploração sexual de crianças e mulheres, trabalho infantil, entre outros crimes.

Durante a reunião, a Promotora de Justiça Herena Maués ressaltou a importância da continuidade da pesquisa para garantir uma atuação eficaz na repressão e enfrentamento dos crimes identificados. Ela destacou que ĂĄreas destinadas ao garimpo muitas vezes incentivam prĂĄticas criminosas, especialmente contra mulheres e crianças indĂ­genas, como a exploração sexual.

Ao término das discussões, foi enfatizada a necessidade de aprimoramento das polĂ­ticas pĂșblicas baseadas em evidĂȘncias para erradicar a violĂȘncia, especialmente aquela que atinge populações tradicionais e comunidades indĂ­genas. Uma nova reunião foi deliberada para ampliar o debate e buscar soluções ao problema, programada para ocorrer virtualmente no inĂ­cio do mĂȘs de fevereiro.

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