Desmatamento na Amazônia cai 60% em janeiro de 2024

Décimo mês consecutivo de redução, mas Roraima lidera o ranking de desmatamento com 40% da área derrubada da Amazônia Legal.

Por Redação/Portal do Tapajós em 22/02/2024 às 12:45:55

Foto: Divulgação/Greenpeace

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou uma queda de 60% no desmatamento na floresta amazônica em janeiro de 2024, marcando o décimo mês consecutivo de redução. A área derrubada foi de 79 km², em comparação com os 198 km² registrados no mesmo mês de 2023.

Apesar da diminuição significativa, o desmatamento ainda equivale a mais de 250 campos de futebol por dia, superando os níveis de destruição observados em janeiro de 2016, 2017 e 2018.

Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, enfatiza a necessidade do Brasil em reduzir a emissão de gases de efeito estufa, ampliar a fiscalização ambiental e criar áreas protegidas de floresta para alcançar a meta de desmatamento zero até 2030.

A série histórica do Imazon, iniciada em 2008, aponta que os anos com maior derrubada foram janeiro de 2015, com 288 km², e janeiro de 2022, com 261 km².

Roraima lidera o ranking de desmatamento: O monitoramento por imagens de satélite também identificou os estados que mais desmataram em janeiro. Roraima lidera o ranking, com 40% da área derrubada da Amazônia Legal. Segundo Larissa, o estado teve um regime de chuvas inverso ao dos outros oito estados da região, enfrentando um clima mais seco, o que facilita a prática do desmatamento.

No entanto, a derrubada em Roraima foi menor em comparação ao ano anterior, com uma queda de 22% - de 41 km² em janeiro de 2023 para 32 km² em janeiro deste ano.

O levantamento da Imazon também revelou que seis estados da Amazônia Legal - Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão - registraram queda na destruição da floresta.

Seis das dez terras indígenas mais desmatadas em janeiro ficam em Roraima: Outro dado alarmante é que seis das dez terras indígenas mais desmatadas em janeiro estão localizadas em Roraima. Em relação às unidades de conservação, Pará e Amazonas são os estados que concentram o maior número entre as dez mais desmatadas no mês, com três em cada um.

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