Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Novos cursos

OAB pede que STF suspenda autorização para novos cursos de direito

Entidade que representa advogados quer decisão liminar (provisória) para impedir que cursos sejam autorizados durante a pandemia. Além disso, OAB pede a mesma restrição por cinco anos.


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu nesta sexta-feira (8) que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda a autorização de novos cursos de direito em todo o país, ou a expansão de vagas em faculdades privadas – tanto no ensino presencial quanto na modalidade à distância.

Na ação, a OAB pede uma decisão liminar (provisória e mais rápida) para restringir os cursos e vagas enquanto durar o estado de calamidade pública gerado pela pandemia do coronavírus, em vigor até 31 de dezembro.

Mas, no mesmo pedido, a entidade também pede que, na análise de mérito, impeça a expansão dos cursos por cinco anos.

A intenção, segundo o documento levado ao STF, é verificar a qualidade das graduações existentes e reformular a legislação que rege o currículo e o funcionamento dos cursos.

A OAB também solicitou que o STF torne sem efeitos as autorizações de funcionamento de novos cursos já concedidas, mas não implementadas. A relatoria do pedido é do ministro Ricardo Lewandowski.

Os números da OAB

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil, só em abril foram criados 22 cursos e 2.975 vagas de graduação em direito em todo o país – em meio à pandemia da Covid-19.

Para a OAB, os números reforçam a "a percepção já muito evidente de que as autorizações têm sido concedidas a toque de caixa, sem maiores cautelas que assegurem uma avaliação suficiente da qualidade das propostas".

"Autorizar o funcionamento de novos cursos em um momento em que os cursos já existentes estão tomando medidas excepcionais para adaptar sua oferta e em que as condições para a avaliação e a supervisão dos cursos estão prejudicadas não parece ser a medida mais responsável do ponto de vista de uma política capaz de assegurar a qualidade do ensino superior", afirmou a OAB na ação.

A Ordem questiona a forma atual de avaliação dos cursos de direito e aponta "inchaço das instituições de ensino privado".

"A insuficiência dos parâmetros de avaliação adotados pelo Ministério da Educação, capazes de superestimar a real situação das instituições e dos cursos avaliados, e as distorções que derivam de sua aplicação prática consolidam um cenário de mercantilização predatória dos cursos de Graduação em Direito, em que é evidente a expansão quantitativa em detrimento da qualidade. Além de ser dado grande peso na prática a critérios que, de fato, não avaliam a qualidade, há diversos critérios relevantes para a avaliação, definidos expressamente na lei, que são, na prática, ignorados", afirma a entidade no documento.

G1

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!