Ricardo Sérgio Furtado, de 56 anos, é paciente oncológico do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, no oeste do Pará, desde o ano passado. Ele passou por uma cirurgia para a remoção de um tumor no tornozelo direito e recebeu atendimento do time cuidador de pele, que faz parte do ambulatório de especialidades da unidade.
"Cinco dias após a cirurgia eu fui encaminhado ao setor onde eu passo pelos procedimentos da realização de curativos. Hoje não sinto mais dor no local. Há nove meses, eu cheguei aqui com uma lesão de dez centímetros de comprimento por oito de largura, e hoje ela deve estar três por três, ou até menos. Ela só não está completamente curada porque tive que fazer as sessões de radioterapia, que retardam um pouco. Mas já está bem melhor" - destacou o vigilante.
O time de tratamento de feridas do HRBA é composto por dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem, que atendem pacientes encaminhados de outros setores do hospital para o serviço. Eles utilizam técnicas e tecnologias inovadoras para reduzir e curar as lesões.
"Atendemos pacientes com perfil oncológico, vascular, diabéticos, pós-cirúrgicos, pós-internação e até mesmo pós-covid, que ficam com lesões como sequelas. Hoje a gente tem várias ferramentas para aplicar os protocolos de tratamento das lesões em tempo muito mais curto. Trabalhamos com laserterapia, com a aplicação da ozonioterapia, que é possível através de uma parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa), além de vários tipos de placas que ajudam no fechamento das feridas" - explicou o enfermeiro Domício Farias, responsável pelo time cuidador de pele e especializado em novas tecnologias de coberturas de curativos, laserterapia e ozonioterapia.
Atualmente, o ambulatório de especialidades do HRBA atende cerca de 50 pacientes com tratamento de lesões. No ano passado, foram realizados 6.628 procedimentos, uma média de 552 por mês.
"Hoje o nosso ambulatório de feridas disponibiliza serviços, como a laserterapia e ozonioterapia, que não são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em outras unidades aqui da região oeste do Pará. São tratamentos totalmente eficazes e é um orgulho para nós poder oferecer este atendimento aos nossos pacientes", ressaltou a enfermeira Monica Bianca Barros, coordenadora do setor de ambulatório do HRBA.
Para os pacientes que testemunham a diferença a cada sessão, o tratamento e o cuidado recebidos valem muito a pena. "O trabalho é muito bom, a maneira como a gente é recebido. O tratamento não é só das feridas, mas também do nosso psicológico. Quando a gente chega aqui não sabe se vai sarar, quanto tempo vai demorar, mas somos tratados com tanto carinho e cuidado, o que ajuda muito. Hoje eu tenho uma satisfação muito grande de saber que aquilo que eu achava que demoraria muitos anos, eu estou aqui com a ferida quase fechando" - agradeceu Ricardo Furtado.
"Buscamos proporcionar o atendimento sempre mais completo para os nossos usuários. O time cuidador de pele acompanha os pacientes, tratando das lesões e utilizando técnicas que permitem que isso seja feito no tempo mais curto possível. Isso faz parte do nosso trabalho, que é levar um serviço de saúde de excelência a todos aqueles que procuram o HRBA" - afirmou o diretor-geral da unidade, Éder Lúcio de Souza.