MPF cobra respostas urgentes sobre combate a incêndios florestais na região Oeste do Pará

O órgão também requisitou informações sobre origem dos focos de incêndio dos últimos dias e sobre inquéritos instaurados para apurar os casos.

Por Pablo Vastei em 03/11/2023 às 14:52:11

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público Federal (MPF) enviou nessa quinta-feira (2), uma série de questionamentos a órgãos de fiscalização ambiental, em resposta à nuvem de fumaça que encobriu o município de Santarém, na região oeste do Pará. Os questionamentos surgem após o município ter registrado um dos piores índices de qualidade do ar no mundo.

O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) identificou vários focos de incêndio, principalmente nas proximidades de rodovias federais. Além disso, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) comunicou ao MPF a presença de dois incêndios em áreas de reservas extrativistas e dois incêndios fora dessas áreas.

O MPF não poupou esforços e encaminhou questionamentos não apenas aos órgãos de fiscalização ambiental, mas também a entidades da área da saúde e às autoridades policiais. Solicita informações sobre atendimentos e internações relacionados a problemas respiratórios causados pela poluição do ar, bem como sobre a investigação de incêndios florestais desde o início de outubro.

Com base nessas demandas, o MPF questiona os órgãos sobre a estrutura existente para combater os incêndios florestais na região oeste do Pará. Alguns dos principais pontos abordados incluem:

·         As medidas tomadas para prevenir e conter os incêndios na região, especialmente a densa fumaça que afeta Santarém e outros municípios no oeste paraense.

·         A adequação da estrutura atual para combater os focos de incêndio, incluindo informações sobre recursos humanos e materiais disponíveis na região.

·         A disponibilidade de aeronaves para combate aos incêndios, incluindo a quantidade de horas de voo ou termos de cooperação com outros órgãos, se aplicável.

·         A existência de instrumentos jurídicos que determinem períodos proibitivos de queimadas no Estado do Pará.

O apoio mútuo entre o Estado do Pará e a União (Ibama e ICMBio) para o combate aos incêndios florestais, especificando as formas de colaboração, se existirem.

Adicionalmente, o MPF expediu ofícios a diversos órgãos, incluindo a Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Gerência Regional Norte do ICMBio e a Diretoria de Fiscalização Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas). Esses órgãos devem apresentar relatórios ambientais baseados em dados de satélites e documentos de campo que possam identificar a origem da densa fumaça na região oeste do Pará, principalmente em Santarém, fornecendo coordenadas geográficas dos focos de incêndios e outras informações relevantes.

Por fim, o MPF solicitou informações à Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) e à Secretaria Municipal de Saúde de Santarém (Semsa) sobre atendimentos e internações em hospitais e postos de saúde relacionados a problemas respiratórios causados pela poluição do ar. Além disso, enviou ofícios à Delegacia da Polícia Federal em Santarém e à Diretoria de Polícia do Interior da Polícia Civil do Estado do Pará para saber se foram instaurados inquéritos policiais para investigar incêndios ocorridos na região oeste do Pará.

Comunicar erro
PLAY
PLAY 2

Comentários

DOE SANGUE