Pará se destaca na Gestão Ambiental e é Pioneiro na Elaboração de um Plano Estadual de Bioeconomia

Durante está semana ocorreu o seminário "Desenvolvimento Sustentável na Amazônia" no Palácio do Itamaraty, em Brasília, organizado pelo Ministério das Relações Exteriores. O evento, que serve como preparação para a Cúpula da Amazônia agendada para os dias 8 e 9 de agosto em Belém, teve o estado do Pará como representante destacado devido às suas conquistas na gestão ambiental e por ser pioneiro na elaboração de um plano estadual de Bioeconomia.

A Bioeconomia é um dos elementos transformadores na transição socioeconômica do Pará, enfatizando o conhecimento tradicional, a riqueza florestal e o bem-estar de seu povo. O painel intitulado "As bioeconomias da Amazônia: Novos Modelos de Produção para a Sustentabilidade" foi moderado por Manuela Kirschner do Amaral, Assessora Especial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O painel contou com a participação de Carina Pimenta, Secretária Nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); Ana Margarida Castro Euler, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Lívia Pagotto, do Instituto Arapyaú, uma Concertação pela Amazônia; e Rodrigo Rollemberg, Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC.

Mauro O'de Almeida, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, abordou "A Elaboração do Plano Estadual de Bioeconomia do Pará e Mecanismos de Participação Social". O plano é um esforço colaborativo inédito que envolveu cinco setores-chave: governo, academia, terceiro setor, setor privado e povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, totalizando mais de 40 instituições.

"O que diferencia nosso plano e nos enche de orgulho é a inclusão inovadora da escuta qualitativa dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Hoje, temos um plano sólido em que essas comunidades afirmam que, pela primeira vez, sentem-se participantes ativos de uma política pública no estado do Pará. Acreditamos em sua eficácia porque não foi algo imposto de cima para baixo; foi construído em conjunto com aqueles que mais entendem de biodiversidade", enfatizou Mauro O'de Almeida.

O PlanBio, coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas) do Pará e baseado na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), é uma política pública do Governo do Estado do Pará e também um dos componentes do eixo de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual "Amazônia Agora". O Plano de Bioeconomia foi lançado oficialmente na COP-27, realizada no Egito em 2022.

O plano abrange 92 ações divididas em três eixos principais: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Patrimônio Cultural e Patrimônio Genético; e Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis. "Precisamos fazer a bioeconomia acontecer e cuidar das pessoas na floresta. Além disso, é necessário criar mercados para estabelecer a bioeconomia e desenvolver um novo modelo econômico", acrescentou o Secretário da Semas.

À medida que o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará ganha reconhecimento e serve como modelo para o desenvolvimento sustentável, sua representação no seminário "Desenvolvimento Sustentável na Amazônia" contribui para promover o diálogo e a colaboração entre os interessados em um futuro mais sustentável na região.