A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) aumentou para 267 o número de pacientes com Covid-19 transferidos entre os dias 18 de janeiro e 06 de março, como estratégia para conter o avanço da doença em 14 municípios da região Oeste, a mais afetada nesta segunda onda da pandemia. Desse total de remoções, 253 ocorreram por via aérea e 14 por via fluvial. Todas as transferências foram realizadas exclusivamente pela Central de Regulação da Sespa.
As remoções partiram de municípios do extremo Oeste, como Faro, Terra Santa, Oriximiná e Aveiro, para o Hospital 9 de Abril na Providência de Deus, no município de Juruti, e para os hospitais públicos regionais do Baixo Amazonas, em Santarém, e do Tapajós, em Itaituba. Além das transferências, o Estado providenciou insumos, como 500 cilindros de oxigênio e 287.751 equipamentos de proteção individual (EPIs).
De forma simultânea às remoções, a Sespa mantém a articulação constante com as secretarias municipais de Saúde, orientando e auxiliando sobre como continuar agindo para conter a crise provocada pela segunda onda de contágio pelo novo coronavírus. As medidas tomadas e as transferências realizadas pelo governo estadual são decisivas para evitar um colapso no sistema de saúde dos municípios mais próximos à divisa do Pará com o Estado do Amazonas.
“O governo do Estado, por meio da Sespa, continua fazendo o monitoramento diário da região, levando suporte aos municípios e atendendo à necessidade de insumos e de remoções, até que a situação se estabilize”, informa o secretário estadual de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, reforçando que vem sendo garantida rápida assistência a pacientes mais graves, que são removidos de acordo com as possibilidades climáticas da região.
Hospital de Campanha:
O governo entregou em fevereiro o Hospital de Campanha de Santarém, montado na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas.
A unidade tem 60 leitos clínicos, sete enfermarias - cada uma com sete leitos -; uma enfermaria com 16 leitos; uma sala de estabilização, com quatro leitos; posto de enfermagem; farmácia; almoxarifado; espaço para médicos e profissionais de enfermagem; sala para o Núcleo Interno de Regulação; necrotério; sala de paramentação; refeitório; cozinha; setor administrativo; vestiários femininos e masculinos; área para descanso da equipe; faturamento; departamento pessoal; expurgo; psicossocial e descarte de resíduos.
A estrutura está desafogando a procura por leitos clínicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Hospital Regional do Baixo Amazonas, contribuindo para estabilizar o sistema de saúde da região.
Agência Pará