O trabalho integrado das forças de segurança do Pará resultou na maior apreensão de drogas já registrada no estado: 13.234 toneladas de entorpecentes em 2024, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). O volume representa um aumento de 44,53% em relação ao ano anterior, quando 9.156 toneladas foram apreendidas.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, o resultado histórico é fruto de investimentos em tecnologia, estratégias específicas para monitoramento das rotas de tráfico e a implantação das Bases Fluviais "Antônio Lemos" e "Candiru". Além disso, a qualificação das equipes foi destacada como essencial no enfrentamento ao crime organizado.
"Com ações integradas, conseguimos superar todas as marcas anteriores. Em seis anos de trabalho contínuo e novas estratégias, apreendemos mais de 50 toneladas de drogas, mostrando que estamos no caminho certo para desarticular grupos criminosos e proteger a população", afirmou Machado.
O Pará concentra suas ações em pontos estratégicos, com foco especial nas rotas fluviais, principal via utilizada pelos traficantes. O estado opera com mais de 80 embarcações, incluindo seis blindadas, além das bases fluviais em Breves e Óbidos, localizadas nas principais rotas vindas do Amazonas e do Amapá.
"Somente na Base Flutuante do estreito de Breves, foram apreendidas mais de 1 tonelada de drogas em 2024. Essas bases têm papel crucial na contenção do tráfico em áreas de difícil acesso", explicou o secretário.
Em 2024, o estado confiscou 13.234 toneladas de drogas, das quais 2.883 toneladas eram cocaína e 10.351 toneladas, maconha. O aumento é expressivo em comparação com 2023, quando foram apreendidas 3.261 toneladas de cocaína e 5.895 toneladas de maconha.
A evolução das apreensões demonstra a eficácia das estratégias:
- 2024: 13.234 toneladas
- 2023: 9.156 toneladas
- 2022: 3.417 toneladas
- 2021: 10.081 toneladas
- 2020: 10.963 toneladas
As apreensões são resultado do trabalho diário das agências de inteligência da Segup, em parceria com as polícias Civil e Militar. "Mapeamos e analisamos as rotas de tráfico constantemente. Quando uma carga consegue passar, monitoramos o trajeto e efetuamos o flagrante posteriormente", destacou Machado.
(*) com informações da Agência Pará