Desde setembro, o projeto "Tecnologia, Memória e Acessibilidade", aprovado no edital de Cultura Digital pela Lei Paulo Gustavo, transforma a Vila Balneária de Alter do Chão, em Santarém, em um espaço mais inclusivo e acolhedor para pessoas com deficiência. Com ações que eliminam barreiras de comunicação e informação, a iniciativa busca atender melhor visitantes e moradores com necessidades específicas.
O projeto, que segue até o fim de dezembro, já começou a instalar 12 totens de acessibilidade em locais estratégicos como a Praça 7 de Setembro, a Ilha do Amor, o Centro de Atendimento ao Turista e a Escola Indígena Borari. Esses dispositivos fornecem informações sobre os pontos turísticos e serviços, utilizando recursos como audiodescrição e vídeos em LIBRAS, narrados por lideranças comunitárias.
Paralelamente, um ciclo de capacitação prepara moradores que trabalham diretamente com o público, como artesãos, vendedores e catraieiros. A formação, que acontece até 12 de dezembro, aborda conceitos básicos de acessibilidade e inclusão, uso de LIBRAS, audiodescrição e orientações específicas para atendimento a pessoas cegas ou com baixa visão.
"Pensamos nesse projeto com o objetivo de proporcionar o acesso à cultura, às histórias e às vivências da região amazônica, em particular da Vila de Alter do Chão, às pessoas surdas e com baixa visão, que, por falta de acessibilidade, ficam alheias a tudo isso. De forma ampla, também pretendemos contribuir para o acesso de turistas às histórias locais.", explica a coordenadora do projeto.
As oficinas são conduzidas por profissionais com vivências diretas na temática da acessibilidade, oferecendo um olhar genuíno e prático sobre a inclusão. Com o apoio da comunidade, a iniciativa se consolida como um marco na promoção de igualdade e na valorização da diversidade na região amazônica.